quarta-feira, 18 de maio de 2011

ENEM 2011

Enem vai realizar duas provas por ano

Publicação: 18 de Maio de 2011 às 00:00

O Ministério da Educação (MEC) divulga esta semana o edital do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem). Porém já foi confirmado que serão
realizadas duas edições do exame em menos de um ano. A primeira deverá
acontecer nos dias 22 e 23 de outubro, a outra prova deve ser marcada
para maio de 2012. A assessoria do MEC confirma as duas edições neste
período, mas as datas oficiais serão anunciadas no edital.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, estuda outras mudanças para aplicação do Exame 
O ministro da Educação, Fernando Haddad, estuda outras mudanças para aplicação do Exame

















Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, as duas provas do Exame seria
uma maneira de reduzir os seguidos problemas que o Enem vem enfrentando.
O MEC cogitava a possibilidade de aplicar os dois exames já em 2011. A
licitação com a gráfica que imprime o Enem permitia que isso acontecesse
agora -já que o contrato foi assinado para a realização de duas provas.

A realização de duas edições do Enem é apenas uma das mudanças que estão
sendo estudadas pelo MEC. Outra alteração, que ainda não foi confirmada,
mas está sendo discutida, é a de que os candidatos terão um tempo
determinado, antes do início do exame, para verificar se há erros nos
cadernos de prova. Além disso, os celulares serão “confiscados” e não
poderão ficar com os estudantes.

Tudo isso para evitar o que  aconteceu no ano passado, problemas em cadernos da prova, 
com questões faltantes e/ou repetidas. É por isso que os alunos deverão ter um tempo
para verificar e pedir a troca do caderno caso haja problema antes mesmo
de começar o exame. Se o estudante não avisar, não poderá reclamar
posteriormente.

Já “confisco” do celular é para evitar outro problema, que também aconteceu em 2010, quando um repórter vazou o tema da redação por mensagem de texto. Os aparelhos, estuda o MEC, deverão ser devolvidos no final da prova.

Inep

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) tem
atualmente cerca de 10 mil questões no Banco Nacional de Itens do Enem, a
meta é chegar a 100 mil.  Para isso vai contar com a ajuda de 59
instituições públicas de ensino superior que se cadastraram para
elaborar perguntas para o Enem. Cada uma deve criar no mínimo 500
perguntas para o Enem.

Segundo o Inep, órgão vinculado ao MEC e responsável pela organização do Enem, são 45 universidades federais e estaduais, sete Institutos Federais, cinco são Fundações Universitárias edois Centros Federais. As demais são universidades federais e estaduais.

O Inep vai capacitar os coordenadores-gerais e
coordenadores de área de todas as instituições inscritas. Em seguida,
será celebrado convênio entre o Inep e cada uma das instituições
participantes. Só depois será dado início ao processo efetivo de
elaboração das perguntas – que terá que ser feito, obrigatoriamente, em
ambiente seguro. As instituições assinam um termo de sigilo e
compromisso para evitar o vazamento das questões.

Até o ano passado, as questões do Enem era feitas por professores ou especialistas
contratados diretamente para a tarefa. A ideia é aproveitar a
experiência acumulada pelas universidades na elaboração dos seus
vestibulares para “engordar” o BNI. “É importante envolver cada vez mais
as instituições públicas de ensino superior. Elas vão compartilhar de
forma mais sistêmica”, explicou a presidente do Inep, Malvina Tuttman.

Ainda ela, as instituições já demonstraram interesse em participar do
projeto. Elas deverão formar equipes para elaborar as questões nas
quatro áreas que são avaliadas no Enem: linguagens e códigos, ciências
da natureza, ciências humanas e matemática.

Um banco de itens mais completo permitirá no futuro a informatização das provas do Enem. O
ministro Fernando Haddad espera que esse modelo, já utilizado em países
como os Estados Unidos, comece a sair do papel em um prazo de três anos.

Pelo sistema CAT (Computer Adaptive Testing), o candidato
faz a prova em um terminal capaz de gerar uma prova diferente para cada
um. Isso é possível porque a metodologia adotada no Enem é a Teoria de
Resposta ao Item (TRI), um modelo que atribui pesos diferentes às
questões em função do número de erros e acertos obtidos pelos
candidatos.

Números do Enem

O MEC deu início em 2009 a um projeto de substituição dos vestibulares
tradicionais pelo Enem. A partir do resultado da prova, os alunos se
inscrevem no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e podem pleitear vagas
em instituições públicas de ensino superior de todo o país.

Há dois anos, foram ofertadas 83 mil vagas em 83 instituições, sendo 39 universidades federais.

Em 2010, mais de 4 milhões de candidatos se inscreveram para participar do
exame. A participação no Enem também é pré-requisito para os estudantes
interessados em uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni).
No total, 59 instituições utilizaram o Enem integral ou parcialmente
como forma de acesso dos candidatos no ingresso à universidade.

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