sexta-feira, 2 de março de 2012

Brasil mostra redução sustentada na desigualdade social, diz Banco Mundial



O Banco Mundial divulgou que a combinação de boas políticas econômicas e sociais contribuiu para uma sustentada redução da desigualdade na população brasileira. O relatório foi divulgado na quarta-feira (29).

O Banco Mundial realizou mais de 850 entrevistas domiciliares em quase 130 países e concluiu que entre 2005 e 2008 o percentual de pessoas que viveram na extrema pobreza caiu. Hoje há 1,29 bilhão de pessoas vivendo com menos de US$1,25 por dia, ou R$2,13. Isso equivale a 22% da população do mundo em desenvolvimento. Em 1981, havia 1,94 bilhão de pessoas.

Redução sustentada
Essa é a primeira vez que o banco detecta uma queda simultânea em todas as regiões do mundo em desenvolvimento, durante um período de três anos, desde que começou a monitorar a pobreza extrema em 1981.

Ao contrário da China, em que a redução da desigualdade social foi causada pelo crescimento econômico, o Brasil contou com uma combinação de políticas econômicas e sociais o que resultou numa redução sustentada de desigualdade.

Segundo o diretor do Grupo de Pesquisa do Banco, Martin Ravallion, o Brasil tem vivido uma reviravolta nas políticas sociais, que agora são mais efetivas, e nas políticas econômicas - o que certamente ajudou a reduzir a desigualdade e tem sido extremamente importante para a história do país.

Ravallion lembrou ainda que o Brasil teve a "duvidosa honra" de ser considerado um dos países mais desiguais do mundo ao lado da África do Sul.

Apesar de haver ocorrido melhorias na América Latina como todo, a desigualdade de renda, de oportunidades e a exclusão social são ainda muito altas.

Exclusão social
Para o diretor do Grupo de Redução da Pobreza e da Desigualdade do Banco Mundial, Jaime Saavedra, não há uma receita única para o ataque contra a pobreza. Ele deve ser feito em múltiplas frentes - diferentes para cada país.

Saavedra diz que a pobreza diminuiu no Brasil não apenas por causa de políticas sociais mas também por causa de um melhor engajamento no mercado de trabalho. A queda está relacionada à participação da força de trabalho das mulheres, a uma maior produtividade, ao aumento de empregos. Além disso, é preciso garantir que os pobres tenham acesso ao mercado, a alimentos e serviços essenciais.

* Fonte: Rádio ONU.

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