quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Matrículas abertas na Escola Estadual Professora Iracema Brandão de Araújo.

Matrículas abertas na Escola Estadual Professora Iracema Brandão de Araújo a partir da próxima 2ª feira - 03 de janeiro de 2011, no turno matutino das 07:00 às 11: 00 horas da manhã e no turno noturno a partir de 3ª feira das 19:00 às 21:00 horas. Pedimos aos interessados que procurem a escola e façam logo as suas matrículas. Agradecemos a todos.

Lista da UFRN sai em janeiro

A Comissão Permanente de Vestibular (Comperve) vai divulgar o resultado oficial do Vestibular 2011 da Universidade Federal do RN na primeira semana de janeiro. A presidente da Comperve, Betânia Ramalho, explicou que não é possível definir a data exata da divulgação, porque o processo de correção das 18.202 provas dos candidatos aprovados na primeira fase é bastante rigoroso. Além disso, é preciso consolidar as notas dadas pelas bancas antes de liberar para os alunos que ocuparão as 6.139 vagas oferecidas.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

IFRN divulga calendário de matrículas dos cursos de idiomas

A Coordenação de Extensão do Campus Natal – Zona Norte do IFRN divulgou esta semana o calendário de matrículas e rematrículas nos cursos de promovidos em parceria com a FUNCERN – Fundação de Apoio ao Instituto. Os interessados devem ficar atentos às datas do processo e ao processo de seleção. Todas as vagas ofertadas serão preenchidas por ordem de chegada, mediante realização da matrícula em uma das turmas disponíveis.
Para os iniciantes, o período de inscrição vai de 10 a 14 de janeiro, ou até quando durarem as vagas. Ao todo, são ofertadas 75 vagas, sendo 50 para Língua Inglesa e 25 para Língua Espanhola. Nas turmas de Língua Inglesa as aulas serão nas quartas e sextas-feiras, das 8h50 às 10h20. As de Língua Espanhola serão aos sábados, das 8h50 às 12h. Das 75 vagas oferecidas, 15 estão destinadas às bolsas integrais para alunos, servidores ou seus familiares. Veja mais informações abaixo.
O Instituto realiza ainda um teste de nivelamento para os que já possuem conhecimento em uma das línguas e desejam cursar níveis mais avançados. O exame é oral e escrito e está marcado para o dia 25 de janeiro. As inscrições para o teste ocorrem de até o dia 21 de janeiro.
É importante lembrar que, para se matricular, é necessário comparecer no período de inscrição, portando:
• RG/Identidade (original);
• CPF (original);
• Comprovante de residência do responsável financeiro (original);
• Taxa por módulo: R$ 280,00 à vista ou 4 parcelas de R$ 75,00, em cheque pré-datado + R$10,00 da taxa de matrícula.
Para ver os detalhes sobre o calendário de matrícula e rematrícula, bem como os horários das demais turmas, clique aqui.
Mais informações: 4006. 9508 / 4006. 9503
BOLSAS NOS CURSOS DE IDIOMAS:
Estão sendo ofericidas 15 bolsas de estudos nos cursos de idiomas. Desse total, 6 são para servidores e 9 para alunos. Todas as bolsas são para o nível I. O resultado com os selecionados para as bolsas será publicado no site do IFRN e nos murais do Campus Natal - Zona Norte no dia 10 de janeiro de 2011.
Os servidores interessados em concorrer às bolsas nos cursos de idiomas devem enviar uma mensagem para o e-mail idiomaszn@cefetrn.br, até o dia 30 de dezembro. A seleção será feita por meio de sorteio eletrônico. O e-mail deve conter os seguintes dados:
NOME COMPLETO:
CARGO/FUNÇÃO:
MATRÍCULA:
CAMPUS DE LOTAÇÃO:
IDIOMA DE PREFERÊNCIA:
Os alunos que desejarem uma das bolsa para os cursos de idiomas devem procurar o setor de Serviço Social da Instituição entre os dias 28 e 30 de dezembro. No total, estão sendo ofertadas 6 bolsas, sendo 4 para Língua Inglesa e 2 para Língua Espanhola, com aulas as terças e quintas feiras e aos sábados (sempre pela manhã). Para habilitar-se, o candidato deve atender aos seguintes critérios, estabelecidos pela Resolução no. 26, de Agosto de 2007:
I - Esteja regularmente matriculado no IFRN e seja oriundo de escola pública;
II - Não disponha de recursos financeiros para arcar com os custos da mensalidade do Curso de Idiomas;
III - Não possua vínculo empregatício;
IV - Não esteja em dependência ou reprovado; e
V - Não esteja freqüentando nenhum curso de idiomas (no IFRN ou em outra instituição).
Os alunos devem ainda apresentar a seguinte documentação no setor de Serviço Social, até o dia 30/12/2010:
I – Foto 3x4;
II – Comprovante de renda familiar;
III – Comprovantes de despesas mensais (contas de energia elétrica, água e telefone, comprovante de aluguel, condomínio ou financiamento da casa própria); e
IV – Boletim escolar.
As inscrições devem ser feitas na sala do serviço social do campus.
Mais informações: 4006.9514

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Secretaria de Estado da Educação da Cultura – SEEC – Betânia Ramalho

Secretaria de Estado da Educação da Cultura – SEEC – Betânia Ramalho – Doutora em Educação integra o grupo de pesquisadores do Departamento de Educação da UFRN, pesquisadora do CNPq e exercia o cargo de presidente da Comperve na UFRN. Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal da Paraíba (1979); Graduada em Tecnólogo em Estatística pela Universidade Federal da Paraíba (1978); Especialista em Estatística Educacional pelo CIENES / CHILE; Mestre em Educação pela Universidade Federal da Paraíba (1985) e Doutora em Ciências da Educação pela Universidade Autônoma de Barcelona (1993). Foi Profª Adjunta do Centro de Educação da UFPB entre 1981 e 1994. Desde 1995 é Professora da UFRN, (Departamento de Educação). É também presidente da Comissão do Vestibular dessa mesma IES, desde 2003 aos dias atuais. Foi vice presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação -ANPEd, na gestão 2000-2002 e Presidente dessa mesma Associação no período 2003 -2005. Foi membro da Comissão Nacional de Avaliação da Área de Educação junto à CAPES, em diferentes períodos: 1997,1998, 2006 e 2008. Foi vice-coordenadora do Programa de Pòs-Graduação em Educação da UFRN (1996-1997) e Coordenadora no período 1998-2002. Nesse mesmo período foi Coordenadora do Fórum dos Programas de Pós-graduação em Educação das Regiões Norte e Nordeste. Atualmente é membro da Comissão de Especialistas do curso de Pedagogia e Normal Superior. (SESU/MEC). Atua nas seguintes áreas: Educação Básica, Ensino Superior, Pós-Graduação em Educação. Seus estudos e pesquisas se voltam para os seguintes temas: Formação e Profissionalização Docente; Processos de Ensino-Aprendizagem, Avaliação de Processos Formativos; Vestibulares; Docência Universitária; Políticas de Acesso e Inclusão aos estudos universitários. Professora titular da UFRN.

Câmara muda regra de correção de piso salarial de professor

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (16) o projeto de lei 3776/08, do Executivo, que determina o uso do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) para a revisão, em janeiro de cada ano, do piso salarial brasileiro para o magistério público da educação básica. A matéria deve ser votada ainda pelo Senado.

O governo pretende mudar a lei de criação do piso, sancionada neste ano, para evitar um "aumento contínuo" dos gastos com pagamentos aos professores. Isso permitiria, segundo o Executivo, que o dinheiro do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) fosse usado para outras despesas, como construção de escolas, compra de material de ensino e universalização do uso da informática.

A lei que criou o piso nacional (11.738/08) adota, como índice de correção, o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano. Esse valor é definido nacionalmente de acordo com o número de matrículas.

Ao usar o INPC para corrigir o salário dos professores, o governo pretende desvincular a correção do crescimento do número de matrículas e da própria elevação do número de profissionais que ganharão o piso da categoria.

Ministro da Educação afirma que salário de professor será prioridade no governo Dilma Publicidade ÂNGELA PINHO

O Ministério da Educação do governo Dilma Russef deverá ter participação mais ativa nas questões que envolvem o professor, informou o ministro Fernando Haddad em entrevista à repórter Angela Pinho, publicada nesta quinta-feira na Folha.
"A novidade é o Plano Nacional de Educação, com 20 metas definidas em 170 estratégias [enviado ao Congresso na semana passada]. Tem foco acentuado no professor. Uma das metas é equalizar o salário com os outros profissionais de nível superior [hoje, há diferença de 60%]."
Ele ainda defendeu o MEC da responsabilidade sobre falhas no Enem e afirmou que o ideal é ter mais de uma prova por ano.
"Os problemas mais marcantes tiveram origem no setor privado, não no público. Uma gráfica pecou [2009] por falta de segurança e a outra por excesso de segurança [2010], porque a conferência de todos os lotes de prova dependia de um manuseio que se tentou evitar ao máximo para que não se repetisse o que houve no ano passado", comunicou.
Haddad disse que problemas como esse ocorrem em todos os lugares onde há exames desse porte. "Ou bem aproveitamos para aprender com as eventuais falhas sem abdicar de um processo transformador ou essa evolução não vai se dar por um temor que é justificável, mas superável."

''Política do salário mínimo deve ser usada para piso de professor'', diz Haddad

As mesmas políticas de garantia e reajuste do salário mínimo devem ser aplicadas para o piso salarial dos professores, sugeriu o ministro da Educação, Fernando Haddad, durante a plenária final da Conferência Nacional de Educação (Conae), que termina nesta quinta-feira (1/4).  No discurso, o ministro alertou que é fundamental fixar uma lei no Plano Nacional de Educação (PNE) que garanta um valor para o piso e políticas de reajuste.

“O Congresso tem que ter a coragem de dizer: ‘da mesma forma que se fixa que é preciso ter x crianças na escola em dois anos é preciso dizer quanto será a remuneração do professor daqui a 2, 4 ou 10 anos”, afirmou Haddad. “Não adianta comparar indicadores de qualidade se não dá condições de trabalho para os professores”.

Além de Haddad participaram a plenária o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi e o ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Elói Araújo.

Só piso salarial não resolve problema de professor, diz Haddad

Garantir um piso salarial não é suficiente para dar conta das necessidades dos professores. Será preciso criar um plano de carreira e aumentar a verba direcionada para as escolas, principalmente as das regiões mais pobres. A avaliação foi feita pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante a abertura da Conferência Nacional da Educação (Conae), que acontece entre 28 e 1ª de abril em Brasília (DF).

Antes de 2005 um profissional que não se dedicava à docência recebia um salário 86% maior que um professor. “Em 2005 a diferença caiu para 51%, mas ela ainda é muito grande”, avaliou Haddad. “Reconhecer o piso não é suficiente. Temos que aprovar diretrizes de carreira, para dizermos à juventude: ‘venha ser professor, sua carreira estará assegurada”.

A recomendação do ministro é que o piso salarial e o plano de carreira sejam assuntos debatidos na Conferência e que passem a integrar o Plano Nacional de Educação (PNE) – série de diretrizes que vão pautar as políticas públicas de educação entre 2011 e 2020 e que serão levantadas na Conae. A sugestão de Haddad é que sejam estipuladas metas específicas para os dois temas, para garantir a aplicação.

O Plano também deve contemplar a diminuição da diferença de verba entre os estados, recomenda o Ministério. “Temos que garantir que todos os brasileiros, não importa o local de nascimento, tenham acesso a uma educação de qualidade”, avaliou Haddad.
 
O ministro também recomendou que o PNE não contemple apenas metas quantitativas. “Esses indicadores são importantes porque se referem ao atendimento. Mas não basta atender, é preciso dar qualidade. Meios e fins precisam andar juntos no novo Plano”.

Etapas da Educação

A educação infantil e o ensino médio devem ser assuntos fundamentais na Conferência, sugeriu o Ministério. “Sem educação infantil não dá para avançar no ensino fundamental, nem baixar os índices de repetência”, avaliou Haddad. “O mesmo vale para o ensino médio. Como pensar educação superior e fundamental sem pensar em ensino médio?”.

CNTE defende maior atuação do MEC para cumprimento do piso salarial do professor

O presidente do CNTE (Conselho Nacional dos Trabalhadores em Educação), Roberto Leão, disse hoje (8) que o fato de o MEC (Ministério da Educação) ter feito uma sugestão de reajuste salarial para os professores, em vez de estipulá-lo, pode criar interpretações que favoreçam o não cumprimento do piso.

A Lei 11.738/2008 atrela o reajuste do piso nacional dos professores ao crescimento do valor anual mínimo por aluno do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Magistério).

"Em vez de afirmar que o reajuste seria tal, o MEC fez uma sugestão. Sugestão as pessoas aceitam se querem. Isso vai criar um problema muito grande no país e só contribui para pôr água no moinho daqueles que não querem a existência do piso", disse.

Para Leão, a tarefa do MEC é estabelecer o valor do custo por aluno, e não a de sugerir reajuste.

"O valor do custo/aluno, quando é estabelecido, automaticamente reajusta o piso", disse o professor em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.

Segundo o presidente do CNTE, há desencontro no cumprimento da lei, já que ela devia calcular o reajuste com base em valores futuros e não em percentuais de 2009, como ocorreu.

O professor lembrou que a lei que estipula o piso é muito clara quando diz que o aumento ocorrerá de acordo com o percentual que reajustar o valor do custo aluno do Fundeb. Isso, segundo Leão, não aconteceu, "até porque o custo/aluno do Fundeb é reajustado com valores futuros, com percentuais de previsão de futuro, e não com retroação, com valor atrasado. E o que o governo fez foi reajustar com o custo/aluno de 2009".

De acordo com Roberto Leão, o CNTE está organizando uma grande manifestação nacional para o dia 16 de março, pedindo que o governo crie uma medida que padronize de vez o reajuste e facilite o entendimento do que é a lei do piso.

Educação de qualidade requer salário satisfatório para professor, dizem especialistas

Para que a educação pública tenha qualidade para todos os estudantes, o salário médio do professor tem de subir. Pelo menos é essa a opinião de especialistas do setor. Segundo José Marcelino de Resende Pinto, da USP (Universidade de São Paulo), o investimento nas escolas é insuficiente e a maior parte desta quantia deve ser empregada no pagamento dos docentes e funcionários.
“De tudo o que é gasto em uma escola, 85% deve ser para os salários. Se uma instituição quisesse montar uma piscina – um equipamento raro nas escolas –, por exemplo, ela teria impacto de mais ou menos 2% no orçamento, o que é pouco”, afirma.
Segundo ele, é correto utilizar a maior parte dos recursos no custeio de pessoal. Isso porque, diz Resende Pinto, o grande diferencial de uma escola está em seus recursos humanos.
O docente estuda e defende a implantação do CAQ (Custo Aluno-Qualidade), que estabelece a quantia mínima que cada nível de educação deve receber para oferecer um bom ensino. Os valores teriam de ser maiores do que os repassados hoje em dia, principalmente por conta dos salários do magistério.
Valorização do professor
“A meu ver, o grande foco da discussão sobre a qualidade da educação passa pela valorização do professor. Precisamos atrair os jovens mais talentosos para a carreira”, afirma Mozart Neves Ramos, presidente-executivo do movimento Todos Pela Educação.
“Para isso, o salário inicial do professor deve ser comparável ao das carreiras promissoras.” Depois, segundo ele, é preciso cuidar das condições de trabalho, como a infraestrutura das instituições de ensino.
Esse debate sobre uma educação de qualidade vem ocorrendo na Conae (Conferência Nacional de Educação), que ocorre em Brasília até esta quinta-feira (1º), e que pretende traçar diretrizes para as políticas públicas do setor no país.

Professor ganha 40% menos que média do trabalhador brasileiro com mesma escolaridade

O salário médio de um professor da educação básica é 40% menor que a remuneração, também média, de um trabalhador com o mesmo nível de escolaridade. O cálculo foi feito pela economista Fabiana de Felicio com base nos microdados da última edição da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Enquanto um assalariado, que tem escolaridade superior ao ensino médio, recebe mensalmente R$ 2.799 por 40 horas semanais de serviço, um docente com a mesma quantidade de anos de estudo tem remuneração de R$ 1.745 por mês. O salário médio mais baixo é do Estado de Pernambuco -- R$ 1.219 -- e o mais alto é do Distrito Federal -- R$ 3.472.
Fabiana faz questão de frisar: "esses são valores médios, o que significa que tem uma parcela da amostra que ganha menos que isso". Segundo ela, a ponderação é importante para não se tirar conclusões precipitadas. Outro ponto para o qual ela pede atenção é sobre a jornada padronizada para a comparação - nem todos os professores trabalham 40 horas por semana. Em geral, a carga horária é menor.

Meta do PNE

A valorização do professor -- considerada essencial para o avanço da qualidade da educação -- é um dos eixos centrais do PNE (Plano Nacional da Educação) que deve ser encaminhado ao Congresso amanhã pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Quatro das 20 metas trazidas pelo documento são destinadas a esse fim. O PNE traça os objetivos do país na área da educação para períodos de dez anos.
O aumento do salário do professor "é o mínimo" que deve ser feito para a valorização da carreira, na opinião de Fabiana de Felicio. "Se [isso] não [acontecer], [a profissão] vai continuar atraindo quem se contenta em ganhar um pouco mais que quem tem ensino médio", afirma a economista. O incremento na renda só é significativo quando o salário do docente é comparado com essa faixa de assalariados -- enquanto um trabalhador de nível médio ganha R$ 1.009, um professor com escolaridade equivalente recebe R$ 1.624.

Na média, pelo menos

Para a pesquisadora, o salário do professor tem que alcançar "pelo menos" a média da remuneração dos outros profissionais com superior incompleto ou completo. "O salário é o sinal para atrair novos [e melhores] professores", diz Fabiana.
O tempo de resposta desse investimento na carreira docente, no entanto, é "longo". "Se aumentar hoje, não vamos ter resposta no próximo Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos)",  explica a economista. Segundo ela, essa pode ser uma das justificativas para que esse tipo de medida -- que é consenso para melhoria da educação -- não tenha sido tomada ainda. Afinal, o "resultado" leva de dez a 15 anos para aparecer enquanto o mandato de um governante é de quatro anos.
Além da falta de retorno eleitoral, o investimento em educação é "caro" - ao elevar o salário dos professores, Estados e municípios têm que aumentar os gastos também com as aposentadorias desses profissionais.

Redução de jornada

Para a presidente da Apeoesp, sindicato dos professores da rede estadual de São Paulo filiado à CUT, Maria Izabel Noronha, a questão da carreira também começa com elevação do salário. Mas vai além disso. Na opinião dela, é preciso melhorar as condições de trabalho dos docentes.
"A questão central diz respeito à organização do espaço e do currículo escolares", diz Maria Izabel. "Uma jornada ideal teria 40 horas semanais, divididas em 20 horas na sala de aula, dez horas para preparo das aulas e as outras dez horas para trabalho pedagógico."
Ela admite, no entanto, que aumentar o salário e reduzir a jornada poderia ser uma política de difícil execução. "Se implantada em São Paulo, a Lei do Piso poderia ser um bom começo", afirma a dirigente sindical. Se fosse necessário escolher entre aumento de salário e redução de jornada, Maria Izabel diz que "não tem primeiro [a ser feito], tem que ser tudo junto".
Para ela, que também é conselheira do CNE (Conselho Nacional de Educação), o PNE traz "variáveis importantes para estruturar a qualidade", como a adoção do CAQi (Custo Aluno Qualidade Inicial), a valorização docente e a meta de investimento de 7% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação.

Comissão da Câmara aprova correção do piso de professor pelo INPC e pelo Fundeb

A Comissão de Educação e Cultura aprovou nesta quarta-feira (15) o substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 3776/08, do Executivo, que muda a regra do reajuste do piso salarial nacional dos professores da educação básica da rede pública –atualmente de R$ 1.024 para 40 horas semanais.

O texto aprovado mantém o reajuste do piso atrelado à variação do valor mínimo por aluno no fundo da educação básica (Fundeb) e acrescenta que o reajuste não poderá ser inferior à inflação, conforme a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

A proposta do governo, que era a atualização do piso apenas pelo INPC (reajuste pela inflação, sem aumento real), foi rejeitada. O argumento do governo foi que o critério atual (parcialmente mantido pelo Senado) pode “acarretar uma elevação contínua” dos salários dos professores e prejudicar “o financiamento de outros itens importantes para a melhoria da educação básica pública, como manutenção e melhoria das instalações físicas das escolas, aquisição de material de ensino, universalização do uso da informática e o próprio aperfeiçoamento profissional dos professores”.

Detalhamento

Atualmente, a lei diz que o piso será atualizado no mês de janeiro no mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno no Fundeb.

O governo propôs a mudança para o reajuste pela variação do INPC no ano anterior, mantendo o aumento em janeiro.

Essa regra foi aprovada inicialmente pela Câmara, mas o Senado alterou o texto. Em razão da mudança, a proposta voltou para a Câmara, que dará a palavra final. Conforme essa nova versão, o piso será atualizado anualmente, no mês de maio, com base no percentual do valor por aluno no Fundeb apurado nos dois anos anteriores. Esse índice não poderá ser inferior à variação do INPC.

O relator da proposta na Comissão de Educação, deputado Carlos Abicalil (PT-MT), disse que as alterações feitas pelo Senado aperfeiçoam o mecanismo de reajuste. Ele explica que a mudança do mês de reajuste para maio é necessária pelo fato de que o valor por aluno no Fundeb, em determinado ano, só é consolidado em abril do ano seguinte. Antes disso, o governo trabalha com estimativa.

Tramitação

O projeto tramita em regime de urgência urgentíssima e está sendo analisado simultaneamente pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. A qualquer momento, poderá ser incluído na pauta do plenário.

Apesar de avanços na legislação, carreira de professor ainda é pouco valorizada

Apesar de a carreira docente ter conquistado avanços nos oito anos do governo Lula (2003-2010) – com as leis que determinam um piso salarial, a criação de planos de carreira e a instituição da estrutura de um sistema nacional de formação inicial – isso não foi suficiente para uma real valorização do docente, segundo pesquisadores do Observatório da Educação. “Ainda não saímos do papel”, avalia Heleno Araújo Filho, diretor de assuntos educacionais da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação).

A lei 11.738, sancionada em julho de 2008, estabelece o piso salarial para professores em todo o país. No entanto, ainda não é cumprida por vários Estados e municípios. O valor total da remuneração, somado às gratificações, deve alcançar R$ 1.024. Embora esteja em vigor, a lei aguarda julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal), após questionamento de quatro Estados sobre a constitucionalidade da medida.

Para Heleno Araújo, apesar do marco legal, o salário dos professores pouco evoluiu nesses oito anos. “Vamos terminar como o governo anterior: os professores continuam recebendo os piores salários quando comparados com profissionais de outras áreas com a mesma formação e a mesma jornada”, afirma.

Para corrigir essa situação, o governo apresentou em uma das metas do projeto de lei para o novo PNE (Plano Nacional de Educação) a proposta de “aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente”.

Aparecida Neri de Souza, pesquisadora de sociologia da educação na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), fez um levantamento com base em dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio) revelando que apenas 12% dos professores – incluindo os que lecionam no ensino superior - recebem mais de cinco salários mínimos (ou 2.550 reais). “O MEC poderia ter sido mais aguerrido nas negociações com os governos estaduais e os municípios”, diz Neri.

Para ela, a obrigatoriedade de se ter 90% dos professores com contratos efetivos, proposta no projeto do PNE, pode melhorar o quadro. Quando aprovado, o documento estabelecerá as metas e diretrizes para as políticas educacionais nos próximos dez anos.

Outro ponto que deixou a desejar, segundo Heleno, foi a melhora da infraestrutura para o trabalho docente, apesar da ampliação dos recursos investidos em educação no período. “A maioria das escolas continua sem condições adequadas para que o docente possa trabalhar processos de aprendizagem que garantam o aprendizado do estudante”.

Formação
Atualmente, cerca de um terço dos docentes no país – 636,8 mil professores, de acordo com dados do Censo Escolar de 2009 – não possui diploma de ensino superior. Em 2009, o governo federal lançou o Parfor (Plano Nacional de Formação de Professores), sob a responsabilidade da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), em parceria com estados e municípios. O programa prevê a abertura de 400 mil vagas em licenciaturas para professores das redes municipais e estaduais em cerca de 150 universidades federais, estaduais, comunitárias e instituições de ensino a distância de 25 Estados.

Araújo Filho elogiou a política, que concede bolsas a alunos de licenciatura e incentivos a professores sem formação superior para que cumpram a graduação na disciplina em que lecionam. O programa federal também oferece segunda licenciatura aos docentes que lecionam matérias diferentes da sua formação. Para o diretor da CNTE, o objetivo de consolidar um sistema nacional de formação dos profissionais de educação é positivo, mas ainda não foi alcançado.

Aparecida Neri também defende que, sem uma política forte de formação inicial, não será possível implantar o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente, instituído em maio deste ano e que terá sua primeira edição aplicada em 2011.

A pesquisadora avalia que ainda falta ao governo uma visão de formação inicial e continuada como direito do professor. “A formação é tratada como uma obrigação para subir na carreira. Ela precisa ser vista como um direito de todos os professores. Senão eles não crescerão”.

Carreira
Heleno Araújo Filho elogia também a implantação do programa Profuncionário, um curso técnico a distância de formação para os profissionais de áreas administrativas da educação.  “Antes não havia nenhuma política para os profissionais da educação. Era uma coisa solta. Os funcionários de escola eram invisíveis diante do poder público”.

Apesar de o governo federal ter incluído a necessidade de um plano de carreira na lei que rege o Fundeb, Heleno Araújo Filho avalia que a questão não avançou muito. “O governo federal não cobrou dos entes federados [estados e municípios] o cumprimento da lei”. Sobre gestão democrática, os avanços também foram pequenos, diz o coordenador. No projeto de PNE em tramitação, o governo propõe que se implante planos de carreira para todos os profissionais do magistério do país em, no máximo, dois anos.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

UFRN abrirá turmas para mestrado a distância em Matemática

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) aprovou o mestrado profissional em Matemática, na modalidade a distância. A primeira turma terá início em abril de 2011 e as vagas serão disponibilizadas para os pólos de apoio presencial de Natal (15 vagas) e Caicó (10 vagas). Nesta terça-feira, 21, os professores responsáveis pelo projeto receberam a lista das universidades selecionadas pela CAPES para a implantação do mestrado. O projeto faz parte da Rede Nacional do Programa de Mestrado Profissional em Matemática (PROFMAT).
A admissão de discentes e a distribuição de bolsas de estudos acontecerão por meio do Exame Nacional de Acesso, versando sobre um programa de conteúdo matemático do ensino básico, previamente definido e divulgado, que consiste numa única prova, realizada pelo menos uma vez por ano, ao mesmo tempo, nas Instituições Associadas. 
As normas de realização do Exame Nacional de Acesso, incluindo o período e requisitos para inscrição, a data, horários e locais de aplicação, o número de vagas em cada instituição associada, e os critérios de correção são definidos por Edital do Conselho Gestor, que será divulgado no site da Secretaria de Educação a Distância (www.sedis.ufrn.br).

Universidade oferece 500 bolsas do PROEDUC para graduação em 2011

A Universidade Potiguar (UnP) disponibiliza a apartir desta quarta-feira 500 bolsas de estudo através do Programa de Incentivo à Educação Universitária (PROEDUC). Após aprovação no vestibular, os interessados devem ir até as Centrais do Candidato, localizadas nas unidades Roberto Freire, Nascimento de Castro, Floriano Peixoto e Salgado Filho, e realizar sua matrícula.
O PROEDUC foi criado em 2008 pela Prefeitura Municipal do Natal, com o objetivo de dar a oportunidade a alunos da rede pública, residentes e domiciliados na cidade de Natal, de estudarem em instituições privadas de Ensino Superior, pagando apenas 50% do valor da mensalidade.
A UnP foi a primeira Instituição de Ensino Superior do Estado a aderir ao programa, bem como é a instituição que mais oferece vagas nessa modalidade. Além disso, a Universidade atende estudantes beneficiados pelos programas federais como o ProUni e o Fies, o que a torna a instituição que mais oferta bolsas e financiamento estudantil do Rio Grande do Norte.
Para obter a bolsa, são exigidas algumas condições aos alunos como, por exemplo: ter cursado o Ensino Médio integralmente em escola da rede pública, em estabelecimentos localizados no município do Natal, ter renda familiar mensal de até quatro salários mínimos, não possuir um título de Graduação e não estar matriculado em instituições públicas ou privadas de Ensino Superior. O aluno também deve ser aprovado no processo seletivo da Universidade Potiguar ou ainda no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Ao atender a esses critérios de aprovação, o aluno poderá solicitar uma bolsa PROEDUC para os cursos ofertados pela UnP*.
*A quantidade de vagas para as bolsas são limitadas e estão distribuídas em cursos e turnos específicos. Mais informações no telefone (84) 3215-1234.

Sisu do 1º semestre de 2011 oferecerá 83 mil vagas; inscrições começam em 16 de janeiro

O Sisu (Sistema de Seleção Unificada) do primeiro semestre de 2011 oferecerá 83.125 vagas em instituições públicas de ensino superior. As inscrições poderão ser feitas no período de 16 a 18 de janeiro de 2011.
A oferta representa aumento de 77% em relação à edição do primeiro semestre de 2010, quando foram ofertadas 47,9 mil vagas.

Nesta quarta-feira (22), o MEC (Ministério da Educação) irá deixar disponível o ambiente virtual com todas as regras do Sisu. O sistema selecionará os candidatos por meio da nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2010 após a divulgação dos resultados do exame, que está prevista para ocorrer na segunda quinzena de janeiro.
As vagas estão distribuídas em 83 instituições, sendo 39 universidades federais, 36 institutos federais, dois centros federais de educação, 5 universidades estaduais e a Ence (Escola Nacional de Ciências Estatísticas), ligada ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
 

Como funciona o Sisu

As regras para o processo do primeiro semestre de 2011 serão as mesmas aplicadas na última seleção, no segundo semestre de 2010. Haverá uma etapa de inscrição, em que o candidato poderá optar por duas graduações, de acordo com sua ordem de preferência.

Durante o período de inscrições será possível alterar a inscrição, com base na nota de corte divulgada ao fim de cada dia. Cada alteração invalidará a opção feita anteriormente.

Ao final das inscrições, serão realizadas três chamadas e, em cada uma delas, o candidato terá um prazo para efetuar a matrícula na instituição em que foi selecionado. Os selecionados na primeira opção não serão convocados nas chamadas posteriores – nem mesmo aqueles que não fizeram a matrícula.

Ao final das três chamadas, caso ainda haja vagas, as instituições convocarão os candidatos a partir da lista de espera gerada pelo sistema.

Veja a relação das vagas oferecidas:

Universidades Federais

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE - 408
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - 636
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC - 1700
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA - UNIPAMPA - 2725
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS - 402
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO - 1330
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - 809
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS - 1037
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - 206
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ - UNIFEI - 990
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA - 176
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS - 591
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - 5168
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - 3920
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO - 1218
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - 3076
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - 25
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA - 202
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - 2553
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI - 166
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - 2041
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - 312
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE - 70
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - 1864
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - 5724
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - 1195
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - 1918
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - 524
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - 2893
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA - 1320
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - 4925
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - 2439
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - 245
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI - 691
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - 863
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO - 1639
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO - 1910
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO - 1015
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - 3150

Institutos Federais

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA - 602
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS - 75
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO - 390
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA CATARINENSE - 870
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA - 547
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA - 930
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALAGOAS - 311
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIENCIA E TECNOLOGIA DE BRASILIA - 10
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS - 160
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO - 310
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA - 3
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RORAIMA - 210
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA - 494
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO - 900
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SERGIPE - 310
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ACRE - 150
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAPÁ - 160
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAZONAS - 160
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ - 1750
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESPÍRITO SANTO - 766
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO - 1110
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO NORTE DE MINAS GERAIS - 345
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ - 695
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARANÁ - 220
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ - 1070
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO - 960
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE - 350
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL - 560
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano - 549
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUDESTE DE MINAS GERAIS - 374
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUL DE MINAS GERAIS - 285
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS - 289
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TRIÂNGULO MINEIRO - 44
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA - 183
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FLUMINENSE - 200
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO - 307
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SUL-RIO-GRANDENSE - 150
INSTITUTO FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - 80

Universidades estaduais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - 532
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL - 2350
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO - 526
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL - 422
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTADUAL DA ZONA OESTE - 220
ESCOLA NACIONAL DE CIÊNCIAS ESTATÍSTICAS - 120

Outras informações podem ser obtidas no site do MEC.

*Com informações do MEC.

Pisa 2009: Veja ranking de países em ciências; Brasil está em 53º

O Brasil é o 53º colocado no ranking de ciências do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), divulgado nesta terça-feira (7). O exame, feito pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), avaliou em 2009 o conhecimento de cerca de 470 mil estudantes em leitura, ciências e matemática de 65 países.

Pisa 2009: pontuação média em ciências

  País Pontuação média
Xangai (China) 575
Finlândia 554
Hong Kong 549
Cingapura 542
Japão 539
Coreia do Sul 538
Nova Zelândia 532
Canadá 529
Estônia 528
10º Austrália 527
53º Brasil 405
Em ciências, são examinados o conhecimento adquirido e a capacidade de usar esse conhecimento efetivamente. Assim como em matemática, os níveis de proficiências avaliados podem ir de 1 a 6.

O conhecimento na disciplina no Brasil é semelhante ao de países como Trinidad e Tobago, Colômbia, Montenegro, Argentina, Tunísia e Cazaquistão.

Dentre os países latino-americanos, Chile (44º), Uruguai (48º) e México (50º) tiveram melhor desempenho que o Brasil. Colômbia (54º), Argentina (55º), Panamá (62º) e Peru (64º) tiveram resultados piores.
O que é

O Pisa busca medir o conhecimento e a habilidade em leitura, matemática e ciências de estudantes com 15 anos de idade tanto de países membro da OCDE quanto de países parceiros. Essa é a quarta edição do exame, que é corrigido pela TRI (Teoria de Resposta ao Item). O método é utilizado também na correção do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio): quanto mais distante o resultado ficar da média estipulada, melhor (ou pior) será a nota.

A avaliação já foi aplicada nos anos de 2000, 2003 e 2006. Os dados divulgados hoje foram baseados em avaliações feitas em 2009, com 470 mil estudantes de 65 países. A cada ano é dada uma ênfase para uma disciplina: neste ano, foi a vez de leitura.
 

Dentre os países membros da OCDE, estão Alemanha, Grécia, Chile, Coreia do Sul, México, Holanda e Polônia, dentre outros. Dentre os países parceiros, estão Argentina, Brasil, China, Peru, Qatar e Sérvia, dentre outros.

Alunos brasileiros de escolas públicas ficam atrás em avaliação internacional

Os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) divulgados hoje (7) confirmam o que as avaliações internas já indicam há bastante tempo: o desempenho dos alunos da rede pública é inferior ao de estudantes de instituições privadas. Enquanto a média alcançada por eles em escolas particulares foi de 502 pontos, nas públicas foi de 387 pontos.
O Pisa é aplicado a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e avalia o conhecimento de estudantes de 15 anos de idade em matemática, leitura e ciências. A média do Brasil, considerando as três disciplinas, foi de 401 pontos.
Dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) mostram que na rede federal de educação básica a média é bastante superior: 528 pontos. É mais do que a meta estabelecida para que o país alcance até 2021 e acima da média dos países da OCDE. Essas escolas são geralmente ligadas às universidades federais e funcionam como laboratórios de novas práticas pedagógicas para os cursos de formação de professores.
“É uma rede pequena, mas mostra que o setor público sabe oferecer boa educação, mas pra isso você tem que remunerar bem o professor, investir em laboratórios, em educação integral, [esses] são componentes do sucesso escolar”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad.
Em leitura, os alunos das escolas federais atingiram 535 pontos, os da rede privada, 516, e os da pública não federal, 398. O desempenho em matemática foi de 521 pontos na rede federal, 486 na particular e 372 na pública. Em ciências, as escolas federais ficaram com média 528, as particulares, com 505, e as públicas, 392.

"Le Monde" diz que desigualdades na educação são "calcanhar de Aquiles" do Brasil

O jornal francês “Le Monde”, em artigo publicado nesta terça-feira (7) na internet, diz que, apesar dos “muitos progressos econômicos e sociais”, o Brasil estagnou em “uma área crucial”: a educação. Apesar disso, classifica como um “esboço de círculo virtuoso” as políticas educacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O “Monde” aponta que o “marasmo brasileiro” é resultado, “em parte”, da “democratização do ensino” nos anos 1990. Segundo o jornal, “a mediocridade do ensino público” é o ponto central “do problema”. O periódico cita os resultados brasileiros em relatórios da Unesco e no Ideb (Índice Nacional de Desenvolvimento da Educação).
De acordo com o "Monde", os professores são “mal formados e mal pagos”. O “Monde” cita como exemplo o fato de “um em cada três professores de química” e “somente um em cada quatro de física” terem se formado na área em que lecionam. O periódico francês lista outros índices, como a alta taxa de repetência escolar –em especial, no Nordeste.
A estrutura federal do Brasil (com três níveis), afirma o jornal, “agrava os fenômenos” –incentivando, por exemplo, casos de corrupção. “Os controladores relacionaram as fraudes”, diz o “Monde”: superfaturamentos, propinas, serviços não executados. “Muitos prefeitos preferem construir uma ponte ou uma estrada que dotar as escolas de conforto mínimo”, afirma.
De acordo com o texto, dessa forma, se perpetua, “com algumas exceções”, o ensino de base em dois caminhos: “público, gratuito, muitas vezes desastroso, para as crianças das famílias pobres; privado, pago, de bom nível para as crianças das famílias ricas, melhor preparadas para enfrentar os vestibulares de universidades e, depois, para tirar proveito de pós-graduações e centros de pesquisas financiadas com dinheiro público.”
Para tentar resolver a desigualdade, diz o “Monde”, houve um crescimento de instituições particulares de ensino superior.  Elas recebem “75% dos estudantes, muitos deles obrigados a trabalhar”. “Das creches –que não recebem 20% das crianças que têm direito– às universidades, o sistema mantém profundas desigualdades e preserva os privilégios das elites tradicionais tão denunciadas pelo presidente Lula”, afirma.

Ações

Segundo o jornal, medidas foram tomadas: o investimento em educação aumentou (apesar de, per capita, ficar “longe” dos totais de Chile e Argentina); foram construídos mais de 200 institutos federais e 14 novas universidades; concederam-se 700 mil bolsas para jovens estudarem no ensino superior privado. “No total, 2 milhões de estudantes a mais freqüentam as universidades”, diz.
Por fim, o “Monde” afirma que o Brasil sabe “de seu calcanhar de Aquiles”, face a uma “dupla urgência econômica e social”: de um lado, o forte crescimento que obriga o país a formar uma mão-de-obra qualificada que ainda não tem, sob pena de perder em competitividade; de outro, uma classe média que reivindica seu direito ao conhecimento, “chave para um futuro melhor”. Essas duas necessidades, diz o jornal, devem encorajar a presidente eleita, Dilma Rousseff, a “prolongar o círculo virtuoso esboçado por seu antecessor”.

Quase metade dos alunos brasileiros de 15 anos não atinge nível básico de leitura no Pisa

Apesar de o país ter atingido a média de 412 pontos em leitura no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) 2009 - o que equivale ao nível 2 de proficiência - 49,6% dos 20 mil brasileiros avaliados estão em níveis de proficiência menores. O nível 2 é considerado como básico ou moderado pelo exame.
O objetivo de instrução de leitura definido pelo Pisa é o de "entendimento, uso, reflexão sobre e interesse por textos escritos, para que se possa obter resultados, para que seja possível desenvolver conhecimentos e potenciais e para participar da sociedade".

Dos 31 países que participaram da avaliação mas não são membros da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), 18 também atingiram média de proficiência 2. Dos membros da OCDE, somente México, Chile e Turquia também tiveram média em leitura 2. O exame avaliou, ao todo, 470 mil estudantes de 15 anos de 65 países em literatura, matemática e ciências.

Em leitura, as notas dos países foram separadas em 7 conceitos:
 
  • 1b, 1a (baixo);
  • 2 e 3 (moderado);
  • 4 (forte);
  • 5 e 6 (melhores).

Considerando a primeira nota de leitura do país no exame - em 2000 o Brasil obteve 396 - tivemos um avanço de 16 pontos. Ainda assim, dentre os 65 avaliados, estamos na 53º posição. O maior avanço de notas entre as disciplinas avaliadas - leitura, matemática e ciências - ocorreu em matemática, com 52 pontos (foi de 334, em 2000, para 386 em 2009). O crescimento brasileiro na década (33 pontos) foi o terceiro melhor entre os países participantes desde 2000.
Para o membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) Mozart Neves Ramos, é preciso acelerar esses avanços. “O Brasil melhorou, não podemos deixar de reconhecer. Mas essa melhora tem sido lenta. O Brasil foi um dos que mais cresceram na década, mas a gente estava na rabeira”, comparou Ramos, que é também conselheiro do Movimento Todos pela Educação.

O que o estudante do nível 2 sabe

No nível 2, o estudante "começa a demonstrar conhecimentos de leitura que lhe possibilitam a participar efetivamente e produtivamente da vida". Algumas tarefas deste nível pedem do estudante que localize uma ou mais informações, que talvez devam ser inferidas e talvez devam ser determinadas de acordo com as condições.

Outras tarefas pedem reconhecimento da ideia principal do texto, entendimento de relações ou construção de significado por uma parte limitada do texto, quando a informação não é a mais importante e o leitor precisa fazer pequenas deduções. Tarefas desse nível talvez peçam comparação ou contraste de um aspecto específico do texto.

Tarefas que exijam reflexão pedem que os leitores façam comparação entre diversas conexões entre o texto e o conhecimento exterior, baseado em experiências pessoais. Segundo o Pisa, o aluno que não atingiu esse nível terá dificuldades nas tarefas descritas acima.

O que é o Pisa

O Pisa busca medir o conhecimento e a habilidade em leitura, matemática e ciências de estudantes com 15 anos de idade tanto de países membro da OCDE quanto de países parceiros. Essa é a quarta edição do exame, que é corrigido pela TRI (Teoria de Resposta ao Item). O método é utilizado também na correção do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio): quanto mais distante o resultado ficar da média estipulada, melhor (ou pior) será a nota.

A avaliação já foi aplicada nos anos de 2000, 2003 e 2006. Os dados divulgados hoje foram baseados em avaliações feitas em 2009, com 470 mil estudantes de 65 países. A cada ano é dada uma ênfase para uma disciplina: neste ano, foi a vez de leitura.

Dentre os países membros da OCDE, estão Alemanha, Grécia, Chile, Coreia do Sul, México, Holanda e Polônia, dentre outros. Dentre os países parceiros, estão Argentina, Brasil, China, Peru, Qatar e Sérvia, dentre outros.

Pisa: melhores salários a professores dão mais resultados que turmas menores

O Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) 2009, divulgado na semana passada pela OCDE (Organização para a Cooperação Econômica Europeia), chegou à conclusão, depois da análise dos resultados, que sistemas considerados de sucesso gastam muito dinheiro em educação e tendem a priorizar o salário docente à formação de classes menores.
De acordo com a pesquisa, o melhor desempenho dos estudantes está relacionado aos salários mais altos dos professores e não a turmas com menos alunos. Para a OCDE, os sistemas que fazem isso comprovam pesquisas que “afirmam que aumentar a qualidade do professor é uma rota mais efetiva para melhorar os resultados dos estudantes do que criar turmas menores”.

Recursos

Dentro dos países, afirma o Pisa, escolas com melhores recursos geralmente têm desempenho melhor por tenderem a ter mais estudantes “sócio-economicamente favorecidos”. Alguns locais, diz a pesquisa, têm grande relação entre os recursos e o ambiente demográfico e sócio-econômico da região onde as escolas se encontram.
“Se a maioria ou todas as escolas tiverem o mínimo de recursos necessários para permitir um ensino efetivo, recursos materiais adicionais podem fazer mínima diferença nos resultados”, diz o relatório.

E no Brasil?

Para Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, também no Brasil o foco no professor é sempre a variável mais importante. “Mas só o foco no professor não vai surtir os efeitos necessários. Claro que o primeiro passo é esse. Investir em formação continuada. Só que esse passo não vai ser suficiente pra resolver o déficit educacional brasileiro”, afirma.
“O grande caminho agora é incentivar a renda das famílias. Quanto maior a renda, maior a escolaridade”, diz Cara.

Gestão escolar no Brasil deve ser pragmática, defendem especialistas

Avaliação de professores, critérios para a escolha do diretor e foco na sala de aula são alguns dos pontos principais para que a educação melhore, defende a diretora executiva da Fundação Lemmann, Ilona Becskeházy. Para ela, ainda falta "pragmatismo" na resolução dos problemas da educação brasileira.

Apesar de muito se falar em "gestão democrática" na escola, Ilona explica que a gestão no país, hoje, é mais pautada pela burocracia e pela política. "Era para ser uma cadeia de apoio e vira uma cadeia de exercício de poder". No Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), explica, países em que ocorre gestão democrática na escola, vão melhor:
"Os sistemas de ensino mais eficientes são coerentes; o currículo é exigente, o professor é treinado, há uma cadeia que funciona para a sala de aula funcionar, não para o governo aparecer. A educação virou uma arena, um palco onde as pessoas podem aparecer, temos que mudar isso. O foco deve ser a sala de aula", diz.

Ela explica que, dependendo do Estado, a falta de autonomia na gestão da escola chega ao ponto em que é praticamente impossível, para o diretor, mandar um professor embora, mesmo que ele não corresponda ao que é esperado. "Ninguém consegue tirar ele da carreira. Até existe um mecanismo, mas você vira alvo da corrente, vira um problema político", diz.
"Na educação temos que fazer um esforço de capital humano em todas as áreas, temos que ir mudando, melhorando quem está na carreira. É um esforço que demora uma década, mas faz a gente dar saltos".

De acordo com a pesquisa "Perfil do diretor escolar", da Fundação Victor Civita, divulgada em outubro deste ano, de 400 diretores ouvidos em diversas partes do Brasil, 75% dos diretores foram admitidos por eleição direta, concurso público ou seleção técnica. No entanto, na visão de mais de 90% desses profissionais, essas três formas são as mais adequadas para se chegar ao cargo. Enquanto 21% ainda são escolhidos via nomeção política, apenas 5% concordam com esse tipo de procedimento.


Despolitização e envolvimento

Para o pesquisador Simon Schwartzman, do Iets (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade), a autonomia da escola também é um fator importante para a melhora da educação. "A escola tem que ter autonomia, o diretor deve poder tirar o professor se ele não atuar. Se os Estados não resolverem a questão do diretor, não tem como funcionar. O que a gente sabe com certeza é que a qualidade da escola depende muito do empenho do diretor; ele que estabiliza a qualidade, põe as coisas para funcionar", explica.

Para ele, a área de educação não pode estar politizada e a população deve cobrar, no dia a dia, a melhoria da qualidade do ensino. "As secretarias tem que ter técnicos e as políticas devem ter continuidade; e se o Estado e a população local não se envolverem, não tem como resolver isso. Tem que ter o envolvimento da comunidade local; o governo federal não pode assumir a direção das escolas, não é possível", diz.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Inep divulga gabarito da prova extra do Enem

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgou o gabarito das provas de ciências humanas e da natureza do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), reaplicadas no último dia 15.

Foram convocados 9,5 mil estudantes para refazer o exame, mas metade não compareceu aos locais de prova. Os convocados foram prejudicados pelos erros de impressão dos cadernos da prova amarela, que não continham todas as 90 questões previstas. Trinta e cinco alunos que não foram chamados pelo Inep conseguiram refazer o Enem por decisão da Justiça.

O gabarito da nova prova do Enem pode ser conferido na internet. De acordo com o Inep, todos os resultados do Enem 2010 serão divulgados na primeira quinzena de janeiro.

IFRN lança edital para contratação de professores substitutos

IFRN lança edital para contratação de professores substitutos nas áreas de  Eletrônica e Sistemas de Informação.

O campus Natal Zona-Norte do Instuto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) lançou edital para contratação de professores substitutos. Ao todo, são oferecidas duas vagas para a área de Eletrônica e uma para a área de Sistemas de Informação.

Confira o edital.

As inscrições começam a partir da próxima segunda-feira (27) e seguem até 9 de janeiro, podendo ser realizadas através do site da instituição. De acordo com informações do IFRN, os salários oferecidos são de R$ 2.130,33 mais gratificações. O processo seletivo é composto por prova de desempenho e prova de títulos.

Outras informações podem ser obtidas no site do IFRN, pelo telefone 4006-9506,  ou no próprio campus, na Coordenação de Gestão de Pessoas. O campus Natal - Zona Norte fica localizado na Rua Brusque, 2926, bairro Potengi, no Conjunto  Santa Catarina.

Fundeb

O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) atende toda a educação básica, da creche ao ensino médio. Substituto do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), que vigorou de 1997 a 2006, o Fundeb está em vigor desde janeiro de 2007 e se estenderá até 2020.

É um importante compromisso da União com a educação básica, na medida em que aumenta em dez vezes o volume anual dos recursos federais. Além disso, materializa a visão sistêmica da educação, pois financia todas as etapas da educação básica e reserva recursos para os programas direcionados a jovens e adultos.

A estratégia é distribuir os recursos pelo país, levando em consideração o desenvolvimento social e econômico das regiões — a complementação do dinheiro aplicado pela União é direcionada às regiões nas quais o investimento por aluno seja inferior ao valor mínimo fixado para cada ano. Ou seja, o Fundeb tem como principal objetivo promover a redistribuição dos recursos vinculados à educação.

A destinação dos investimentos é feita de acordo com o número de alunos da educação básica, com base em dados do censo escolar do ano anterior. O acompanhamento e o controle social sobre a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos do programa são feitos em escalas federal, estadual e municipal por conselhos criados especificamente para esse fim. O Ministério da Educação promove a capacitação dos integrantes dos conselhos.

Ciclo de alfabetização deve prosseguir sem interrupção

Os três anos iniciais do ensino fundamental de nove anos constituem o ciclo da alfabetização e letramento e não devem ser passíveis de interrupção. É o que recomendam as novas diretrizes curriculares nacionais.

De acordo com o documento, mesmo quando o sistema de ensino ou a escola fizerem opção pelo regime seriado, será necessário considerar os três anos iniciais do ensino fundamental como um bloco pedagógico ou um ciclo sequencial não passível de interrupção, voltado para ampliar a todos os alunos as oportunidades de sistematização e aprofundamento das aprendizagens básicas.

Pesquisas já detectaram que a repetência durante esse período escolar não garante a alfabetização e pode prejudicar o rendimento escolar da criança no ensino fundamental como um todo e, particularmente, na passagem do primeiro para o segundo ano de escolaridade e deste para o terceiro.

A complexidade do processo de alfabetização requer a continuidade do aprendizado para que sejam respeitados os diferentes tempos de desenvolvimento das crianças de seis a oito anos de idade. Ao final do ciclo, a criança deve estar alfabetizada.

O Conselho Nacional de Educação (CNE) recomenda que os professores adotem formas de trabalho que proporcionem maior mobilidade das crianças nas salas de aula e as levem a explorar mais intensamente as diversas linguagens artísticas, a começar pela literatura, e a utilizar materiais que ofereçam oportunidades de raciocinar, manuseando-os e explorando as suas características e propriedades.

Já a avaliação deve assumir um caráter processual, formativo e participativo; ser contínua, cumulativa e diagnóstica. Para tanto, os educadores devem utilizar vários instrumentos e procedimentos, tais como a observação, o registro descritivo e reflexivo, os trabalhos individuais e coletivos, os portfólios, exercícios, provas, questionários, dentre outros, tendo em conta a sua adequação à faixa etária e às características de desenvolvimento do educando.

Comandante da Polícia Militar faz balanço e elabora diretrizes básicas do Proerd para 2011

O coronel Francisco Canindé Araújo, comandante geral da Polícia Militar, vai se reunir na tarde desta segunda-feira (20) com representantes do poder público, empresários e a sociedade civil para anunciar um balanço de todas as atividades do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd). O encontro será realizado no auditório do quartel do Comando Geral, às 15h, e deve contar com a presença de aproximadamente 120 pessoas. Além do balanço, também serão anunciadas algumas diretrizes básicas para 2011.

“O Proerd já é referência nacional no combate às drogas e à violência nas escolas. Este ano, nosso governo criou o Ronda Escolar para trabalhar em conjunto com o programa na prevenção ao uso de drogas e a violência. Isso tudo está reduzindo o índice de criminalidade nas escolas e nas áreas próximas”, ressaltou governador Iberê Ferreira de Souza.

Implantado no ano de 2002, quando tinha apenas 05 policiais qualificados para trabalhar junto aos estudantes, o Proerd termina 2010 com uma equipe de 100 policiais militares capacitados e presente em 29 municípios potiguares.

A formação do Proerd é feita através de curso contendo informações sobre cidadania, socialização, comunidade, e as consequências do uso de drogas na vida dos jovens e das famílias. O programa utiliza como material didático, cartilhas específicas para as faixas etárias de 9 a 12 anos e de 13 a 16 anos, e destinadas aos familiares dos jovens e comunidade.

As crianças e adolescentes que fazem o curso prestam juramento na formatura, no sentido de ficarem sempre longe das drogas e da violência, e passam a condição de multiplicadores da prevenção junto à família e à comunidade. “A credibilidade do curso do Proerd pode ser medida pela presença de todas as escolas privadas de Natal e Parnamirim no programa”, informa o major Arthur Emílio, comandante da Companhia Independente de Prevenção ao Uso de Drogas da Polícia Militar (Cipred).

Criada em 2008, a companhia é a única no país trabalhando especificamente na prevenção ao uso de drogas por crianças e adolescentes nas escolas, abrangendo o Proerd e o Ronda Escolar (iniciado em 2010). A companhia tem 170 policiais, sendo 100 do Proerd e 70 do programa Ronda Escolar.

Segundo o major Arthur, o Proerd e o Ronda Escolar deverão estar presentes até o ano de 2013, em toda a região Metropolitana e em várias cidades do Oeste do Rio Grande do Norte.

RONDA ESCOLAR

Criado em junho deste ano, o programa Ronda Escolar está funcionando em Natal, Parnamirim, Santa Cruz e Currais Novos. O programa tem por finalidade minimizar os problemas de violência, tráfico de drogas, depredação dos prédios públicos e comercialização de bebidas alcoólicas nas proximidades das escolas. “O Ronda Escolar tem auxiliado as direções das escolas também nos problemas ligados a comunidade escolar como depredações e violência contra os professores”, acrescenta o major Arthur.

Desde sua implantação, o Ronda Escolar vem atendendo, em média, 20 solicitações de escolas por dia. Só até o mês de outubro, o Ronda Escolar tinha apreendido quatro quilos de drogas (cocaína, crack e maconha), duas armas de fogo, uma balança de precisão, mais R$ 5 mil em dinheiro de traficantes, além da prisão de sete traficantes, sendo cinco mulheres.

O Ronda Escolar conta hoje com 15 veículos – 10 em Natal e 05 no interior. Só na capital o programa atende 420 escolas públicas e privadas, beneficiando cerca de 150 mil alunos.

NOVO PLANO PREVÊ IGUALAR SALÁRIO DE PROFESSORES AO DE OUTROS PROFISSIONAIS

O governo enviou nesta quarta-feira o novo Plano Nacional de Educação, que prevê metas para o setor para o período entre 2011 e 2020. A que exigirá mais investimentos, das 20 que foram propostas, é a que prevê igualar o salário dos professores ao de outros profissionais de nível superior, que atualmente ganham 60% a mais.
Plano de Educação tem 20 metas; veja
Plano prevê que criança seja alfabetizada até 8 anos para melhorar desempenho


Atingir esse objetivo, segundo o ministro Fernando Haddad, custará 40% dos recursos adicionais previstos. O plano estabelece que, até 2020, o país deverá destinar 7% do PIB à educação, percentual que hoje está em cerca de 5%.


O texto enviado ontem ao Congresso também coloca novamente duas metas que já deveriam ter sido cumpridas pelo plano de 2001-2010. É o caso do objetivo de matricular em creches 50% das crianças até 3 anos e em universidade 33% da população entre 18 e 24 anos (o plano anterior falava em 30%).


O novo plano também joga para 2020 promessa feita no início do governo Lula: a erradicação do analfabetismo.


Entre as metas que são novas estão o estabelecimento de padrões de qualidade da educação e a previsão de que até 2020 metade dos professores tenha pós-graduação.


Para entrar em vigor, o Plano ainda precisa ser aprovado pelo Congresso, que ainda pode modificá-lo.

Professores temporários estão sem pagamento


Recentemente contratados pelo governo do estado para sanar o problema de falta de professores da rede estadual de ensino, cerca de 300 professores temporários que atuam na 1ª Diretoria Regional de Educação (I Dired) ainda não receberam o primeiro pagamento que estava previsto para ser efetuado até o dia 10 de dezembro. Os professores estão lecionando, mas o governo do estado ainda não fez o pagamento, apesar ter anunciado que já havia uma verba específica para pagamento do pessoal. A reportagem do Diário de Natal tentou falar ontem com as secretarias estaduais de Educação e da Administação, mas não obteve retorno.

Contratado em 1º de novembro para 30 horas semanais na Escola Estadual Alberto Torres, o professor de ensino religioso William Martins Feijó disse que já procurou várias vezes a Secretaria de Educação mas só lhe disseram que o processo foi encaminhado para a Secretaria de Administração para providenciar o pagamento. Natural de Fortaleza, de ondeveio para Natal após o processo seletivo, ele disse que já estar no limite de gastos, pois só tem um vínculo e depende diretamente da remuneração para poder se manter em Natal. "Até para entregar as cadernetas com as notas dos alunos tenho que conseguir dinheiro para pegar o ônibus", disse ele.

A contratação de professores temporários foi uma das medidas para solucionar o problema de falta de professores na rede estadual de ensino. O projeto foi aprovado por unanimidade em sessão da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Através de processo seletivo, o governo do estado contratou 892 professores em 15 municípios do Rio Grande do Norte. As 16 diretorias regionais de educação fizeram um levantamento da necessidade de professores de cada município e com esses dados foi calculado o número de vagas.