terça-feira, 21 de junho de 2011

Servidores estaduais vão apresentar proposta




Uma comissão de 22 servidores  representantes de quatro sindicatos da base do funcionalismo público estadual concordou em entregar à presidência da Assembléia Legislativa, ainda hoje de manhã,uma proposta mínima de implantação dos planos de carreiras já previstos em lei, a fim de que sejam retomadas as negociações com o Governo do Estado.
Sindicalistas estiveram reunidos com os deputados estaduaisSindicalistas estiveram reunidos com os deputados estaduais

 















Na reunião de ontem à tarde com os servidores, o presidente da Casa, deputado Ricardo Motta, comprometeu-se em levar para o governo tudo aquilo que os sindicatos  admitem flexibilizar, apesar de algumas categorias alegarem, como a Polícia Civil, que até hoje não receberam nenhuma contraproposta do governo - segundo o Sinpol, que organizou uma passeata pelas ruas do centro da cidade até à praça 7 de Setembro, onde fica o Palácio José Augusto, sede da Assembléia Legislativa.

"A Assembléia leva a proposta à tarde para o governo e quarta-feira de manhã volta a se reunir com os servidores", dizia Motta.

Na reunião com a comissão de servidores, além do presidente da Casa, participaram os deputados Larissa Rosado, Luiz Antonio de Farias, o "Tomba", Hermano Morais, Fernando Mineiro, Antonio Jácome, Raimundo Fernandes, George Soares.

Os sindicatos presentes eram os da Polícia Civil (Sinpol), dos Trabalhadores em Educação Pública (Sinte-RN), dos Servidores da Administração Indireta (Sinai) e dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior (Sintest-RN).

Em outros casos, como a categoria dos técnicos administrativos da Secretaria Estadual de Tributação (SET), aceitou-se uma contraproposta do governo, feitas depois de ter apresentado à categoria cinco propostas de implementação do plano de carreira.

Tributação

O servidor da SET João Luiz Pereira Pinto disse, na reunião, que faltava ao governo apenas uma assinatura, comprometendo-se a cumprir o acordo para reajustar os vencimentos dos servidores em quatro vezes até dezembro, com índices de 30%, 20% e 10% duas vezes.

O vice-presidente do Sinpol, Djair Oliveira, lamentava que uma flexibilização das propostas viesse dos servidores, ao invés de vir do governo: "É a primeira vez ocorre uma negociação inversa, houve uma inversão pela falta de propostas do governo".

O deputado Raimundo Fernandes ponderou que toda vez que foi necessária a intermediação da Assembléia Legislativa, como no ano passado quando foram encaminhadas as votações dos planos de carreira, os deputados sempre estiveram ao lado dos servidores. "

Algumas categorias desistiram

O presidente do Sinai, Santino Arruda, explicou que da sua base sindical ainda estão em greve os servidores da Fundação José Augusto (FJA), Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RN). "Nossa base sindical tem nove leis aprovadas e dois órgão que já têm planos", disse ele. Da base do Sinai, encerraram uma greve de 12 dias os servidores da Junta Comercial do Estado (Jucern), enquanto os funcionários do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) aceitaram um acordo com o governo. Afora isso, a comissão de servidores informou aos deputados, que o governo já havia chegado a um acordo com os auditores fiscais, enquanto é intransigente em relação a outras categorias.

Uma das queixas dos servidores é de que o pessoal administrativo da Educação sequer teve implantado no contracheque o reajuste salarial de 30% que já contemplou 5.050 servidores da administração direta e deixou de fora outros 7.800 servidores. A Comissão de servidores terminaram acatando, no fim da reunião, a proposta do deputado Fernando Mineiro para que cada base sindical apresentassem, "pró-forma", já que alguma proposta precisaria de uma deliberação em assembléia, um cronograma de implantação dos planos de carreira que pudesse estimular o governo a apresentar uma contraproposta definitiva.

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