quinta-feira, 14 de julho de 2011

IML identifica primeiro corpo de vítima de acidente aéreo em Recife

O IML (Instituto Médico Legal) de Pernambuco identificou na manhã desta quinta-feira o corpo de uma das 16 vítimas do acidente aéreo que aconteceu ontem em Recife. O primeiro identificado é Roberto Gonçalves, 55, copiloto do avião, que foi reconhecido por impressões digitais

A expectativa do IML é liberar ainda hoje de quatro a cinco corpos, mas não há uma previsão de horário. Além das impressões digitais, testes de DNA e análises de arcadas dentárias serão usados para a identificação. O corpo de Gonçalves, que ainda precisa passar por perícia, deve ser liberado até o fim da manhã.

Avião cai minutos após decolagem e mata 16 pessoas em Recife; Aeronáutica vai investigar o acidente
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Segundo o IML, uma equipe de sete médicos trabalha na rotina diária do instituto, enquanto outros cinco atuam na identificação das vítimas do acidente aéreo.

O copiloto Roberto Gonçalves era experiente e já havia voado mais de 2.000 horas, segundo a companhia Noar Linhas Aéreas. De acordo com o irmão dele, Jairo Gonçalves, Roberto não estava escalado para o voo, mas acabou substituindo um colega. Ele deixa seis filhos.

Logo após a decolagem, às 6h51 (horário de Brasília), o piloto avisou que estava em situação de emergência e tentaria pousar na praia de Boa Viagem. O avião, no entanto, caiu apenas três minutos depois de decolar e pegou fogo. Todos os ocupantes da aeronave morreram na queda.

O bimotor seguiria do aeroporto de Recife para a cidade de Mossoró (RN), com escala em Natal. A área onde o avião caiu fica em um bairro residencial de classe alta, próximo da divisa com Jaboatão dos Guararapes. No terreno estava montado um circo há cerca de duas semanas.

O segurança do terreno, Erandir Rodrigues da Silva, 42, estava no local no momento da queda e afirmou ter visto duas explosões após a queda. "Vi uma mulher na janela pedindo ajuda. Depois explodiu. Não deu pra fazer nada", afirmou.

Segundo os registros da aeronave na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), ela estava habilitada para voo e em dia com as certificações. O Relatório de Condição de Aeronavegabilidade venceria apenas em 2013.

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