Em  contato com o secretário Paulo de Tarso, a reportagem o indagou acerca  da tese de inconstitucionalidade dos planos - argumento defendido  amplamente pelo governo como impeditivo para a aplicação dos projetos - e  também sobre a necessidade de encaminhá-los novamente à Assembleia  Legislativa para readequação. Ao responder, o chefe do Gabinete Civil,  foi enfático: "O governo não trabalha com essa possibilidade, no  momento. Essa questão ficou suspensa e adiada porque depende do que  decidir o Tribunal de Justiça (TJ-RN)".
Ele fala dos dois  processos onde figuram como partes o Sindicato dos Policiais Civis e  Servidores da Segurança Pública do RN (Sinpol) e o Sindicato dos  Trabalhadores em Educação Pública do RN (Sinte). Ambos tramitam no  âmbito do TJ-RN e tratam da legalidade ou não das greves deflagradas. Os  processos estão sob análise dos desembargadores Caio Alencar (Sinpol) e  Virgílio Macêdo (Sinte). As Ações Cíveis requereram a imediata  suspensão do movimento grevista e a imposição do imediato retorno ao  trabalho de todos os policiais civis e educadores que a ela aderiram. 
O  governo pediu, também, que os Sindicatos se abstenham de "incitar os  sindicalizados a agirem de forma contrária aos seus deveres funcionais,  conclamando a todos os integrantes da categoria para que permaneçam em  suas escalas normais de serviço, tendo em vista a ilegalidade e  abusividade da greve". 
Paulo de Tarso Fernandes confirmou que na  conversa com os deputados sinalizou com a possibilidade de negociar a  implementação dos planos de cargos e salários a partir de setembro,  quando o governo estima que estará numa situação financeira mais  confortável.
Mas a oposição na Assembleia Legislativa continua  criticando a postura do governo. O deputado Fernando Mineiro (PT) postou  em seu site pessoal que esta é a primeira vez, na história recente do   legislativo potiguar, que a AL não consegue intermediar uma negociação   entre servidores e governo. "E isto acontece por uma razão: o objetivo  do governo Rosalba é derrotar o movimento dos servidores,  desmobilizando-os para descumprir os Planos de Cargos", disse. 
 
 
 
 
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