quarta-feira, 25 de maio de 2011

TABAGISMO: O triste fim de Bryan Lee Curtis

 

Locais no organismo onde o cigarro age




Pelo menos 25 doenças estão comprovadamente associadas ao cigarro. Conheça os prejuízos que ele pode causar ao organismo.

1. Cérebro - risco de derrame triplicado.

2. Pulmão - bronquite, enfisema e asma e eleva em 22 vezes o risco de câncer; maior chance de infecções virais e pneumonia.

3. Circulação - maior risco de trombose, doença vascular periférica, inflamação dos vasos e gangrena.

4. Rins - substâncias inaladas causam insuficiência renal e câncer.

5. Bexiga - risco de câncer elevado em 3 vezes.

6. Ossos - mulheres na pós-menopausa correm maior risco de osteoporose.

7. Aparelho digestivo - provoca câncer de estômago, pâncreas e esôfago, refluxo esofágico, azia, gastrite e úlcera.

8. Sistema reprodutor - Mulheres: favorece câncer do colo do útero e bexiga, menopausa precoce, menor lubrificação vaginal, diminuição de desejo sexual e infertilidade. Homens: dificuldade de ereção, ejaculação precoce, infertilidade e diminuição do desejo sexual. Bebês: abortos espontâneos, bebês prematuros, com peso abaixo do normal e natimortos.

9. Coração - aceleração dos batimentos cardíacos eleva o risco de infarto; dobra o as chances de morte por doenças cardíacas.

10. Laringe - câncer, laringite crônica e rouquidão.

11. Boca - mau-hálito; nicotina inflama a gengiva e alcatrão escurece os dentes.

12. Nariz - o alcatrão reduz a capacidade olfativa. Perda do fôlego e sinusite.

13. Pele - alteração na coloração e envelhecimento precoce.


Sua esposa, filho e Bryan nos últimos minutos
de sua vida
Na cama, de olhos semicerrados, a boca aberta no esforço desesperado por ar, a cabeça sem cabelos, os ossos salientes pela magreza do doente termina. No colo dele, uma fotografia tirada apenas dois meses antes daquele momento final. Na imagem, um homem robusto, musculoso e de farta cabeleira loira aparece com o filho pequeno nos braços.
A divulgação das fotos chocantes foi o último desejo do moribundo, Bryan Lee Curtis, um americano de 34 anos devastado pelo câncer nos pulmões. O motivo para tornar pública a própria agonia foi a esperança de servir de alerta sobre os malefícios do cigarro.
Enquanto agonizava, em 3 de junho, sua mãe ligou para o St. Petersburg Times, jornal da cidade de St. Petersburg, na Flórida, pedindo a presença de um fotógrafo. As 11h56, Bryan morreu em casa, ao lado da mãe, da mulher, Bobbie, e do filho Bryan Jr. de 2 anos. Em poucos dias, o retrato de sua morte espalhou-se pelo mundo. 
O que choca na imagem é a certeza de que não se trata de modelos maquiados num estúdio. Bryan estava morrendo e o cigarro -  ele começou a fumar aos 13 anos, consumia dois maços por dia e só parou às vésperas da morte, quando lhe faltou força para aspirar a fumaça - foi realmente o principal responsável pela doença.
Ele só soube do câncer em abril, ao procurar ajuda médica com fortes dores abdominais. Não havia o que fazer. Tratava-se de uma das formas mais agressivas da doença e o fígado já havia sido tomado pelo tumor. "Esse tipo de câncer costuma ser devastador e acomete 15% dos doentes", diz a médica Nise Yama-guchi. vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia.

Quando soube que estava condenado a perder a batalha contra o câncer, Bryan formalizou seu casamento, chamou o filho e uma sobrinha de 9 anos para uma conversa sobre os motivos da morte que se aproximava e decidiu transformar as imagens de sua aflição em bandeira contra o tabagismo.

Fonte: Revista Veja
30/06/99

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