Natal está à beira do caos com a deficiência do serviço público ocasionada pela onda de greves que foram deflagradas na última semana. Ontem, funcionários de quatro Centrais do Cidadão se somaram a outras 11 categorias que estão de braços cruzados ou prestes a fazer isso: motoristas de ônibus, policiais civis, professores, funcionários do Detran, Idema, Emater e Tributação, além dos servidores da Procuradoria Geral do Estado (PGE), os médicos da rede estadual e os técnicos do Idiarn (fiscalização agropecuária), que também prometeram paralisar suas atividades.
Coordenador da Central do Cidadão do Praia Shopping, Aurélio Marques explica suspensão dos serviços aos usuários. Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press. |
Não será fácil solucionar todos os problemas. Nas Centrais do Cidadão, por exemplo, se reúnem funcionários contratados e servidores efetivos de diversas secretarias. Eles paralisaram as atividades ontem nas Centrais do Via Direta, Praia Shopping, Zona Norte e Alecrim. "Reivindicamos o pagamento das gratificações, que estão atrasadas desde janeiro. 99% dos funcionários só trabalham nas Centrais do Cidadão por causa das gratificações", explicou Luiz Moura, que integra a comissão que coordena a greve.
As gratificações variam entre R$ 450 e R$ 1.200, além do salário base dos servidores. "Além disso, falta material diário e de limpeza. Tem dias que fazemos cota para comprar água e café", declarou Maria Lima, outra servidora insatisfeita. "As gratificações são um incentivo, mas se o funcionário está insatisfeito, que retorne à sua categoria de origem. Sou absolutamente contrário à greve", disse Aurélio Marques, gerente da Central do Cidadão Praia Shopping. Com a redução dos serviços, quem se prejudica é a população. "Na minha opinião, quem quer fazer reivindicação, que o faça, mas sem prejudicar os usuários", protestou o prestador de serviços terceirizados João Batista de Paiva.
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